terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Voobly

Novamente outra recomendação relacionada aos meus relatos sobre o Age of Empires (se você quiser encontrar meu relato, a primeira parte se encontra aqui e a segunda parte, aqui).

Desde que a Zone fechou seus servidores para jogos online e virou MSN Games, a comunidade ficou órfã de um servidor dedicado para jogatina entre vários jogadores, por muito tempo os jogos se limitaram a partidas no modo de conectar-se diretamente a um IP, normalmente usando o Hamachi para se organizarem.

Mas, um grupo de entusiastas trabalharam para recriar estes servidores, e mais tarde, surgiu o IGZones, finalmente um novo lugar para os jogadores se reunirem, mais tarde o serviço mudou seu nome para Voobly (acho que compraram o serviço, mas não tenho certeza disso). Novamente, igual a Zone, o serviço é gratuito e possível vários servidores com diversos jogos, com funcionamento similar ao antigo software da Zone, não é por coincidência que o jogo mais popular é o Age of Empires 2 - The Conquerors por lá.

Para utilizar o serviço, é necessário o usuário fazer um cadastro, porém ele é bastante simples.

Link: http://voobly.com/

Caso você se interesse por Age of Empires, talvez queira ver outro site recomendado sobre o assunto: HeavenGames

HeavenGames

Após ter terminado meu relato sobre Age of Empires aqui e aqui, nada mais conveniente do que oferecer um site sobre o assunto.

O site HeavenGames na verdade, são várias comunidades sobre os mais diversos jogos, e cada comunidade dedicada possui conteúdo completo sobre o jogo: fóruns, infos, estratégias, downloads. Para quem é interessado em Age of Empires, recomendo fortemente o site, para quem não é, também recomendo, já que ele aborda vários outros jogos, pode ser que tenha algum que seja de seu interesse.

Link: http://www.heavengames.com/

Caso você se interesse por Age of Empires, talvez queira ver outro site recomendado sobre o assunto: Voobly.

Review: Age of Empires

Este é a segunda parte do meu relato sobre o Age of Empires, se você deseja ler a primeira parte, clique aqui: Memórias: Age of Empires.

Agora, vamos ao review da série...

Gráficos: Nem preciso dizer que o Age of Empires 3 tem os melhores gráficos né? Porém, uma coisa importante a ressaltar é que mesmo o gráfico do Age of Empires 1, apesar dos problemas de escala das unidades/construções, ainda possui um visual agradável e envelheceu bem. O 2 continua com gráficos excelentes, não tem do que reclamar.
Vencedor: AOE 3. 

Sons: Diria que é um empate técnico na trilha sonora, todos os jogos possuem belas músicas (comparando as músicas contidas nos CDs dos 2 primeiros jogos e os MP3s do AOE 3), só gostaria que o Warchiefs e o Asian Dynasties tivessem músicas diferentes do jogo original, igual as expansões dos 2 primeiros jogos. Porém no quesito do áudio, os dois últimos jogos levam vantagem, principalmente pela existência na diferenciação de fala das unidades entre as diferentes civilizações do jogo, além de uma presença muito maior de mídia audiovisual nos dois últimos jogos da série, uma adição curiosa no terceiro jogo é que os jogadores controlados por computador possuem diversas personalidades que interagem com o jogador, como por exemplo o Napoleão controlando os franceses.
Vencedor: Empate entre AOE 2 e 3. 

Campanha: A campanha do primeiro jogo possui a mídia mais fraca, apenas cutscenes antes da primeira missão e após terminar o último cenário, sem contar que os personagens não possuem dialogo algum nem eventos pré-definidos.
No segundo jogo, a mídia antes das missões são páginas de um livro ilustrado contando a história antes de cada missão, além de ser acompanhado por um narrador, com certeza uma grande melhora em relação ao primeiro jogo, sem contar o fato de ser a campanha mais longa de todos os 3 jogos da série, e ainda assim, possuir um bom nível de dificuldade e diversão, nos cenários existe diálogo entre os personagens e eventos pré-definidos.
 Já no terceiro jogo, possui sem dúvidas a melhor mídia, as próprias cutscenes são tiradas do próprio cenário do jogo, os diálogos e tudo o mais são melhores, porém, possui uma campanha curta, as missões são mais fáceis em comparação com os jogos anteriores e minha maior reclamação é o uso de personagens fictícios na campanha... estamos num jogo baseado na idade moderna, então, cadê a Era Napoleônica? Por que decidiram ignorar tudo isso e fizeram 3 campanhas baseadas em lutas contra um culto fictício? Não entendi essa decisão... felizmente nas duas expansões eles decidiram dar um detalhe maior à eventos históricos, principalmente no Asian Dynasties, apesar da campanha chinesa se basear numa ficção, a ideia dos chineses chegarem à América foi bastante interessante.
Vencedor: AOE 2. 

Modo Multiplayer:  Neste quesito, ponto pro Age of Empires 3, inserir o modo online no próprio jogo em vez de fazer o jogador se conectar à um serviço externo (a Zone) foi uma decisão muito mais prática, a Zone era um bom serviço, porém, para quem estava começando não era algo muito intuitivo.
Vencedor: AOE 3. 

Abertura: Sim, até mesmo o vídeo de abertura irei abordar aqui. O primeiro dava a sensação de uma volta ao tempo, mostrava as ruínas do que foi uma grande cidade antigamente, e cortava para um flashback mostrando a grande batalha que causou aquilo, bela escolha. No segundo, foi uma sacada interessante dois reis jogando xadrez e cada movimento deles alterava a situação no campo de batalha, a abertura casava perfeitamente com o tema do jogo. Novamente no terceiro ele mostrava exatamente o foco do jogo, mostrando as aventuras no Novo Mundo, porém este dava a sensação de um trailer, uma amostra do que estava por vir no jogo.
Vencedor: Empate. 

Interface: O primeiro jogo apresentava a interface mais simples de todas, já no segundo, o menu era mais atraente e acessível, e a integração da árvore tecnológica e uma ajuda mais detalhada dispensava o uso do material impresso para quem estava começando no jogo. O terceiro com certeza possui a interface mais bonita, porém, na tela de jogo, a interface era muito grande, apesar de existir uma versão simplificada, esta versão tirava o status das unidades e reservava um espaço enorme só para o retrato e o nome da unidade selecionada.
Vencedor: AOE 2. 

Liberdade: O quesito mais importante para mim é a opção de personalizar o jogo a seu gosto, novamente, o criador de cenários do primeiro jogo era o mais simples, o único evento em um cenário era personalizar as condições de vitória, já no segundo, era possível personalizar vários eventos de jogo, produzindo cenários e campanhas com histórias muito mais detalhadas, com narração, diálogos, finais alternativos e tudo o mais, o terceiro com certeza possui o criador de cenários mais avançado dentre eles.
 Agora aos modos de jogos sem contar com a campanha: o primeiro e segundo jogos possuíam a maior capacidade de personalização, desde a quantidade de times do jogo (era possível até jogos com 4 times diferentes), o tamanho do mapa, a quantidade de recursos, tudo. No segundo jogo é com certeza o que possuía a maior liberdade nesse ponto. Já no terceiro, é o que mais limitou isso, no qual os times se limitavam a todos contra todos ou no máximo 2 times, sem contar que nem mesmo o tamanho do mapa era permitido alterar, apesar de alguns mapas possuírem uma versão grande, mas a opção de vários tamanhos de mapa seria algo muito bom, a escolha de civilizações não era simplesmente escolher uma que você quer controlar e pronto, já neste o jogo está preso ao recurso de cidades natal, o que foi algo necessário, deve-se relevar nesse quesito. 
Por falar em tamanho de mapa,  o 3 possui o menor mapa de jogo, o 1 o segundo menor, e o 2 o maior dentre eles, o que novamente contribui para o quesito de liberdade de jogo, já que em um mapa com 8 jogadores o encontro das civilizações inimigas no 2 é o que com certeza irá demorar mais tempo para o ocorrer no maior tamanho de mapa.
Sobre os modos de jogo, sem contar o que é comum a todos (campanha, cenário, RM e DM), o 2 é o que mais explorou diferentes opções, como o de regicídio por exemplo, já o 1 veio com aqueles modos que eram uma novidade pra época e o terceiro decidiu retornar ao básico, porém no Warchiefs ele adicionou o modo de tratados, um modo interessante de evitar o rush em jogos multiplayer e o Asian Dynasties retornou o modo de regicídio, porém, este é possível apenas em alguns mapas específicos para isso, adicionalmente, ele também retorna o modo "King of the Hill" do segundo jogo.
Vencedor: AOE 2. 

Civilizações:  Contando com todas as expansões, o Age of Empires 1 possui 16(12+4), o Age of Empires 2 possui 18(13+5) e o Age of Empires 3 possui 14(8+3+3). Apesar de possuir menos civilizações, o mérito do AOE3 é a maior diferenciação entre as civilizações, enquanto que no primeiro jogo a única diferença era a árvore tecnológica e os bônus de civilização, no segundo adicionalmente as unidades e tecnologias exclusivas. Já no terceiro, ampliou muito mais as unidades exclusivas e algumas civilizações, principalmente as das expansões, possui um estilo de jogo um tanto diferente das civilizações tradicionais. Outro quesito importante é a possibilidade de aliar-se com os nativos do mapa, o que amplia ainda mais as unidades e tecnologias disponíveis ao jogador, e por fim, a diferença mais marcante da série, foi a adição do recurso de cidades natais, no qual elas conforme você ganha experiência (ex.: destruindo unidades inimigas, coletando recursos) quando atinge um certo nível, você pode enviar recursos, tecnologias ou unidades direto de sua metrópole, novamente ampliando as possibilidades de sua civilização, minha única reclamação sobre as civilizações do terceiro jogo é que o original se mostrou muito focado nas civilizações européias, coisa que não ocorria nos outros jogos, porém isto foi consertado nas expansões. 
No quesito equilíbrio, o AOE1 é o que peca mais, o equilíbrio delas envolve principalmente os dois estilos de jogo RM e DM, no qual certas civilizações são mais indicadas para um modo do que outro, o principal problema é que algumas super-unidades do jogo levam uma enorme vantagem no jogo (no caso do Arqueiro a Cavalo), enquanto outras não mostram uma grande utilidade (a Cavalaria Armada - Cataphract) e a disponibilidade de certas unidades para as civilizações pode se mostrar uma desvantagem. No segundo ele possui uma grande melhora no equilíbrio, enquanto que no terceiro já ouvi falar de algumas reclamações sobre as civilizações do Asian Dynasties serem mais beneficiadas, porém pessoalmente não encontrei muito problema nisso.
Vencedor: AOE 3.

Final:
AOE 1 -> 1 ponto.
AOE 2 -> 5 pontos.
AOE 3 -> 5 pontos. 

Conclusão: é curioso como mesmo o Age of Empires 3 ser um jogo bem mais recente, o segundo jogo da série consegue manter o nível e competir de igual com o terceiro jogo, porém, como eu disse, o fator mais importante para mim é a liberdade oferecida no jogo, apesar dos dois jogos empatarem na pontuação geral, eu possuo uma preferência pelo segundo jogo da série, e apesar do Age of Empires original possuir uma pequena pontuação, ainda consegue divertir mesmo aquele que experimentar o jogo pela primeira vez só agora. Enfim, apesar de cada um possuir suas desvantagens, é uma série de jogos que conseguiu manter um excelente nível de qualidade.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Memórias: Age of Empires

Para meu relato sobre jogos, decidi dividir isto em duas partes, a primeira parte, relatando minha experiência com o jogo em questão e a segunda, mais formal, o review do jogo tratando tudo que eu penso dele, como existem centenas de sites de reviews de jogos espalhados na Internet, achei mais interessante dar maior foco às minhas impressões pessoais, memórias e entrar neste ambiente nostálgico, creio que caso você também conheça este jogo de longa data, com certeza suas memórias também virão à tona ao ler este relato..

Agora vamos lá...

Nos anos 90, em plena era da Internet discada, a melhor maneira de obter os mais novos programas que iam surgindo e se informar sobre as novidades da informática era através de revistas especializadas, uma em particular, a Revista do CD-Rom, que possuía um maior foco na distribuição de programas gratuitos e versões demo de programas pagos era uma das que a gente adquiria com maior frequência.


Uma das edições dela, em particular, a edição 42, continha a versão demo do Age of Empires - The Rise of Rome, o pacote de expansão do primeiro Age of Empires, após ter lido sobre o jogo, e os belos gráficos (pra época) me fizeram instalá-lo...
Uma das telas do navegador do CD da revista com o demo do Rise of Rome (RoR), infelizmente, não tenho mais as revistas para escaneá-las e dar um exemplo.
Como infelizmente a revista não explicava direito como o jogo funcionava, tive que me virar e entender aquilo tudo, afinal de contas, eu nunca tinha jogado um RTS antes, minhas únicas experiências com jogos para PCs eram jogos FPS (tiro em primeira pessoa) e simuladores de vôo. De cara, só controlava as unidades e claro, facilmente era derrotado pois não sabia como gerenciar a sua civilização no jogo... mas quando comecei a entender, aquilo para mim era sensacional, apesar de conter apenas uma campanha de demonstração com 3 cenários que você controlava os cartagineses contra os romanos nas guerras púnicas, ainda assim me entretia muito e já havia me decidido: se o jogo mesmo com essas limitações era sensacional, imagina então sua versão completa? Eu estava decidido a adquirir aquele jogo... mas novamente, eu não sabia que por ser uma expansão era necessário possuir o jogo original, mas no final das contas, tudo se acertou e finalmente tinha a versão completa...

 Finalmente, eu ganhei o Age of Empires de presente, e putz, aquilo pra mim era sensacional, a arte da capa, dos manuais, e principalmente...

Árvore tecnológica do AOE 1
 A árvore tecnológica! Nunca tinha visto algo parecido antes, quando olhava praquilo, um encarte ilustrado que mostrava perfeitamente como o jogo funcionava, não tirava aquilo do lado quando estava jogando e quando cheguei ao jogo de fato... a trilha sonora, todas as outras civilizações, e principalmente, o criador de cenários. Era uma liberdade impressionante que o jogo oferecia, não só modos de jogos totalmente personalizáveis (jogos de mapa aleatório) como também a liberdade de você criar seu próprio cenário de jogo, tinha épocas que eu passava horas e horas só no criador de cenários, a liberdade, guarde bem leitor, pois será algo que levarei com muita importância no review posterior era o que mais me atraía neste jogo, na época, pouquíssimos jogos ofereciam um programa para você criar seus cenários, e mesmo aqueles que ofereciam, não eram tão user-friendly como o editor do AOE.

Editor de cenários do Age of Empires
Tava tudo muito bonito e tudo mais, porém... cadê os romanos? Era exatamente essa a propaganda do Rise of Rome, eu o vi para comprar diversas vezes na época, porém, infelizmente, esse nunca me acompanhou até em casa, até hoje gostaria de ter esse jogo pra completar minha coleção. :\

O que me faz pular para o segundo jogo da série, que infelizmente a versão demo dele só aceitava jogar em 1024x768 e meu excelente monitor tubão de 14" só ia até 800x600... daí, a minha chance de experimentar a segunda versão do jogo foi adiada somente para o dia que ganhei ele de presente...



Quando o dia finalmente chegou, novamente me surpreendi, a arte continuava impressionante, o manual conseguiu superar, e ser extremamente longo, adicionando inclusive alguns dados históricos que no primeiro jogo só se encontrava presente na versão digital do manual, e novamente, os detalhes da árvore tecnológica (que também estava disponível em formato digital) continuaram me chamando a atenção.

O jogo conseguia ser ainda melhor que o primeiro, com gráficos mais realistas, com seus edifícios em sua devida proporção (nada mais de cavaleiros sendo maiores que um prédio igual no primeiro jogo), muralhas com portões (finalmente) e cenários de campanha com uma história mais interativa do que o simples texto apresentado antes das missões como era no primeiro. O novo modo de jogo de regicídio foi o primeiro que experimentei, apesar de mudar pouca coisa em relação ao jogo de mapa aleatório (RM), gostei da mudança, bastante conveniente considerando o tema medieval do jogo e o aumento do limite populacional para o padrão de 75 unidades em vez de 50 foi muito bom, e mesmo no modo single pode aumentar para até 200 unidades com certeza foi apreciado por todos, afinal, creio que não existia jogo multiplayer diferente disso, e por falar em multiplayer...

Como possuía maior destaque do que no primeiro jogo, finalmente experimentei a MSN Gaming Zone, o serviço de jogo online do Age of Empires e entre tantos outros títulos suportados pela Microsoft, e como era confuso... ainda bem que hoje em dia o sistema online é integrado ao próprio jogo. Em finais de semana (lembre-se, conexão discada!) eu ia lá me aventurar pela Zone, e putz, como eu jogava mal. Acostumado com adversários controlados pelo computador, eu estava totalmente despreparado para aquilo, porém, apesar de perder muitas partidas, a Zone foi uma experiência agradável que conseguia me divertir sempre que eu entrava nela.

Uma das salas da Zone, com o jogo Ants!, outro jogo que eu gostava muito, mas isso é outra história...
Por amigos fiquei sabendo que também existia uma expansão para o segundo jogo da série, o The Conquerors, e vou te dizer hein, esse jogo foi muito difícil de ser encontrado para comprar, porém, eu já havia experimentado ele antes, e considerei uma adição interessante ao jogo original, quem pensaria que os Astecas e Maias iriam ser algumas das novas civilizações do jogo? Ainda mais, os mapas com neve tem um visual legal e quanto à liberdade do jogo, outra coisa que me puxou atenção foi a adição de vários novos modos de jogo (muito pouco jogados, devo dizer, pessoal queria mesmo é saber de DM, RM e cenários personalizados, até o jogo de regicídio não era muito popular entre os jogadores). Enfim, ele adicionou muito mais recursos novos ao jogo do que o Rise of Rome fez com o AOE1 e esta versão é considerada por muitos o melhor jogo da série, que eu concordo plenamente.

Agora, como eu pretendo focar mais especificamente na série Age of Empires, vou pular o spin-off Age of Mythology e ir para o ano de 2005, quando o Age of Empires 3 foi lançado.

Desde os primeiros trailers e fotos que eu vi do jogo me impressionaram bastante, e era inevitável que na época o AOE3 desse seu pulo para a terceira dimensão. A tecnologia do momento em jogos era a simulação mais realista de efeitos da física, e a demolição das construções sendo bombardeadas por canhões era algo incrível, muuuuuuuuito mais atraente do que os prédios pegando fogo (vários sprites de chamas em volta do prédio) como era nos 2 primeiros jogos, a espectativa era grande. Pensando na idade moderna, com certeza lembra-se de enormes batalhas com soldados com mosquete, grandiosas batalhas navais e tudo o mais. Porém eles anunciaram que o jogo teria foco na colonização com uma versão romanceada do que de fato aconteceu... até aí faz sentido, controlar cidades já extremamente povoadas não seria muito interessante num Age of Empires, porém, quem jogou a campanha do segundo jogo, via que mesmo alguns cenários com grandes cidades, ainda assim o jogo continuava interessante e não perdia a sua essência.

Agora vamos à data de lançamento do jogo, uma coisa que me decepcionou como a versão de colecionador veio extremamente capada em relação à versão de colecionador do exterior, ela vinha apenas com um CD, cuja maior parte do conteúdo podia ser baixado do site oficial, apenas algumas coisas não se encontravam, como um poster do jogo em versão digital e o manual em PDF da edição de colecionador. Por falar em manual, estranhei como a parte que conta as novidades mal enchia 1 página, ao contrário do Age of Empires 2 no qual somente isto preechia várias páginas. A árvore tecnológica continuava atraente como sempre, no melhor estilo AOE de ser.

Sobre o jogo, não irei analisá-lo em detalhe agora para não me repetir no review, porém algumas coisas que eu tenho de dizer: Por que a campanha do jogo trata-se de uma história fictícia e não por exemplo, a era napoleônica? Eles ainda tavam com a cabeça em Age of Mythology? Por falar nisso, em um jogo sobre a idade moderna, cadê Napoleão? Os gráficos porém, corresponderam às minhas expectativas desde que joguei o demo, muito belos.

Mas, eu sinto que a liberdade que possuía nos jogos anteriores, se perdeu um pouco nesse jogo... os mapas são menores, os jogos de mapa aleatório são menos personalizáveis (eu sei que parte disso se deve por causa do sistema de cidade natal do jogo, que devo dizer, foi uma adição interessante), limite de construção, campanha menor e finalmente, menos civilizações (apenas 8) e a única civilização não-européia era o Império Otomano, coisa que foi corrigida nas 2 expansões do jogo... por fim, AOE 3 é um bom jogo, mas, a liberdade é algo que eu sempre valorizei muito nessa série, e nesse quesito este jogo pecou mais do que devia. O maior elogio que eu tenho que fazer à esse jogo é como eles conseguiram tornar as civilizações mais diferentes das outras, seja na aparência das unidades, como o próprio estilo de cada uma, sendo a Otomana a mais diferenciada de todas.

Por fim, falando brevemente das 2 expansões que adquiri juntas, The WarChiefs e The Asian Dinasties, o primeiro além de adicionar 3 novas civilizações nativo-americanas jogáveis, procurou expandir a história da campanha do primeiro jogo, nada muito a relatar fora isso. Já o Asian Dinasties adicionou os japoneses, chineses e indianos, uma campanha que foi a que mais me chamou a atenção dentre todas do terceiro jogo e alguns novos recursos ao jogo, o mais interessante é o de combinar as 2 expansões ao jogo, o que me fez gostar mais desta expansão, pois foi ele que recuperou parte da liberdade perdida no jogo original.



Agora, ainda não está faltando um jogo? Sim, o Rise of Rome! Antes de eu possuir o AOE3, um amigo meu me passou o AOE1 Gold, que continha o primeiro jogo da série e sua expansão... porém não dei muito valor na época... Mais recentemente, a revista Fullgames lançou o Age of Empires - Collector's Edition, que continha todos os 2 primeiros jogos da série com suas expansões, eu instalei e valorizei mais a expansão do primeiro, que inclusive procurei por sua trilha sonora original (em versão não-MIDI) e realmente é muito bela. O jogo, apesar de não possuir muitas mudanças, a principal, com certeza, a adição dos romanos que tornou o jogo mais completo, digamos. Os cenários da campanha possuem um grau de dificuldade mais elevado, comparável a campanha dos Yamato do jogo original.


Uma última impressão, isso é uma foto do encarte da edição de colecionador do Age of Empires 3:


Age of Empires IV e V?! Quando eu vi essa foto imaginava que eles tinham planos de completar a série, e talvez levá-la até um tempo futurista... porém, como já sabemos, a Ensemble Studios foi dissolvida e parece improvável que veremos algum dia uma continuação desta série, única coisa que surgiu é um reboot da série chamado Age of Empires Online, com um visual mais cartunesco que me lembra bastante The Settlers III, não tenho muita coisa a falar, já que nunca joguei este último jogo.

Enfim, é isso. Um resumo de minhas memórias em relação a uma das principais série de jogos estratégicos para PC, na próxima postagem irei fazer um review comparando os 3 jogos da série, espero que tenha gostado da leitura, caso você também cresceu com esse jogo, espero que tenha despertado suas memórias em relação à este excelente jogo.

Clique aqui caso queira acompanhar a segunda parte de meu relato sobre a série Age of Empires: Review: Age of Empires 

domingo, 19 de dezembro de 2010

Super Mario Bros. 2

 Somente o título desta postagem já gera muita confusão, mas para deixar claro, o jogo que será abordado é o "verdadeiro" Super Mario Bros. 2, aquele que foi lançado no Japão. Para os que não sabem, este jogo nunca foi lançado fora do Japão, e no resto do mundo, o SMB 2 que jogamos na verdade era uma conversão de outro jogo da Nintendo, chamado Doki Doki Panic com os personagens trocados e com algumas atualizações (por ex.: em DDP o personagem não podia correr), para uma comparação mais detalhada, recomendo os seguintes links: este em português e este, em inglês, porém com mais fotos do jogo. Quando este jogo foi lançado, alguns acharam que este SMB 2 que conhecemos era a "ovelha negra" dos jogos do Mario, porém, eu considero uma adição interessante à série, e achei uma alternativa melhor ao jogo "verdadeiro", que na verdade não passava do SMB. original modificado, para mim, ovelha negra de verdade são os jogos "Mario is Missing" e "Mario's Time Machine", AVGN concordaria comigo, rs.

Enfim, deixando agora esta confusão de lado, que sempre envolve o SMB. 2, vamos ao jogo em si... quem já jogou no Super Nintendo o Super Mario All Stars com certeza já viu o jogo Super Mario Bros. - The Lost Levels, ele na verdade é o SMB. 2 japonês com os gráficos atualizados, e como pode se ver, ao contrário do SMB original ele não possui opção para dois jogadores, você na verdade pode somente escolher o personagem que deseja controlar: o Mario (com controle semelhante ao primeiro jogo) ou o Luigi (que pula mais alto, porém escorrega mais).

Tela de abertura do remake do SMB. 2 Japonês
A respeito do jogo, apesar dele ser uma continuação, na verdade é um remake do jogo original, porém com um nível de dificuldade muito mais alto, este jogo é tão difícil, que ao contrário do jogo original que dá Game Over quando você perde todas as suas vidas, nesse jogo você pode continuar do mundo que você perdeu infinitamente, já que os Continues são ilimitados, e se isso não é suficiente, no Lost Levels você pode continuar exatamente da fase que você parou com o sistema de save do cartucho.

Por que ele é tão difícil? A começar pelo "powerup" novo, o Poison Mushroom, que mata o Mario se o tocar, apesar de no Lost Levels ele ser facilmente identificado, no jogo original ele só tem uma leve mudança nas cores em relação ao cogumelo verdadeiro.

À esq: cogumelo verdadeiro, dir: poison mushroom podia confundir os jogadores
Mesmo se parasse por aí ficava tudo bem, mas até nos primeiros níveis as fases apresentam uma dificuldade elevada, posso dizer tranquilamente que essas fases são tão ou até mais difíceis do que as últimas fases do jogo original, baseando-se em pulos extremamente precisos, plataformas muito pequenas com buracos enormes embaixo, uma quantidade muito maior de inimigos por fase, e além disso, algumas fases com o vento te empurrando e para você alcançar uma plataforma mais distante (lembram-se de Ninja Gaiden 2?) e warp zones que te levam de volta para mundos anteriores, sendo que o único modo de evitar isso caso você encontre tal warp zone é jogar-se no buraco e perder uma vida.

E no final, se você pensou que zerou um jogo já muito difícil, ele ainda oferece um nível de dificuldade ainda maior, e sempre que você zerar ele oferece ainda um nível mais difícil, podendo ser zerado 8 vezes seguidas ficando progressivamente mais difícil, enfim, para mim bastou zerar a primeira vez para ter uma ideia de como este jogo é insano, lembrando alguns romhacks feitos por fãs dos jogos do Mario que eles tornam o jogo extremamente difícil, ele ainda oferece um mundo 9 especial caso você zere o jogo sem usar warp zones, este mundo especial é uma fase parecida igual o mundo -1 do SMB.

Enfim, creio que a Nintendo fez a coisa certa em lançar um SMB. 2 diferente no resto do mundo, não somente pelas novidades que este jogo oferecia ao contrário deste remake, como também o nível de dificuldade (e olha que os jogos da era NES já eram considerados difíceis) não seria muito bem aceito por muitos jogadores, porém é um jogo recomendado para os fãs de Mario e aqueles que procuram um bom desafio.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Angry Video Game Nerd - AVGN

  






É incrível como tem episódios dele que eu já assisti dezenas de vezes e ainda assim não consigo parar de rir toda vez que eu vejo.

Para quem não conhece, ele começou em 2006 gravando um vídeo no YouTube sobre Castlevania - Simon's Quest, um jogo que ele não suportava e relatava tudo que ele detestava nesse jogo, logo em seguida surgiram mais vídeos, com ele aparecendo e falando de outros jogos que frustravam sua infância, tais como Ghostbusters (NES), Rocky (NES), Back to the Future (NES)... enfim, seus relatos furiosos e com toque de humor fez um enorme sucesso na internet, e até hoje ele lança pelo menos 1 episódio novo por mês contando com alguns dos piores jogos feitos na história da humanidade.

O que é tão bom assim num sujeito irritado descontando sua frustração em games antigos? TUDO. O modo irônico que ele relata suas experiências com os jogos, seus xingamentos e comparações absurdas do que ele preferia estar fazendo em vez de jogar aquela porcaria de jogo. É incrível como ele executa o personagem do nerd frustrado tão bem, o simples olhar e a expressão do seu rosto já faz você cair de tanto rir.

Mas não fica só nisso, ele constantemente faz referências sobre elementos da pop culture de maneira escancarada, e muitas outras sutis que somente com muita atenção o espectador consegue notar no melhor estilo Family Guy, além de episódios especiais que ele encarna um personagem relacionado ao jogo que ele faz seu relato, como por exemplo um episódio sobre Batman que eles reencenam a série do Batman nos anos 60 de uma maneira extremamente trash e ao mesmo tempo hilária, ou então em filmes de terror que ele é atacado pelo Jason em um episódio e pelo Freddy Krueger em outro, só para citar alguns. Não somente ele relata jogos horríveis, como também fala de filmes e jogos excelentes, como Super Mario Bros. 3, seu estilo único do nerd raivoso faz com que os vídeos tenham um estilo bastante interessante de se ver.

 Enfim, esse show é um sucesso tão grande na internet, que se tornou uma referência à popularização do movimento retrogamer, e claro, não ficou livre de ser copiado por várias outras pessoas pegando carona no sucesso dele.

O único problema, talvez, para nós brasileiros, infelizmente apenas alguns episódios do AVGN existem versões com legendas, assim, para quem quiser acompanhar melhor o show, tem que ter um bom entendimento do inglês. :\

Assim, quem ainda não conheceu e tem interesse em conhecer, aqui vão os links:
http://www.gametrailers.com/screwattack - Os episódios mais novos sempre saem primeiro aqui
http://screwattack.com/shows/AVGN-The-Angry-Video-Game-Nerd - Outro lugar para acompanhar os episódios, com vantagem que aqui tem os episódios mais antigos dele.
http://www.youtube.com/user/JamesNintendoNerd - Canal do Youtube dele, sempre ele coloca um trailer pro episódio novo que saiu do AVGN

Episódios Legendados:
http://screwattack.com/user/FliperamaBlog/videos - aqui.
http://screwattack.com/shows/AVGN-Legendado-PT-BR - e aqui.

Alguns episódios que eu recomendo: Dracula, Virtual Boy, Action 52, Rambo, Star Trek, Superman 64, The Terminator 1 & 2, CDi, Batman.

Apresentação

Seja bem vindo ao meu blog pessoal!

Não é de hoje que eu tinha a ideia de montar um espaço próprio para falar de ideias, gostos pessoais e assuntos de meu interesse; antigamente eu postava mais ativamente em fóruns de internet, mas um fórum está muuuuito longe de ser um local interessante para isso, seja pela falta de um modo ideal de organizar suas postagens ou então pela extrema facilidade de uma postagem perder o assunto original e gerar o famoso flood, rs.

Por isso decidi fazer este blog para ser uma compilação de minhas ideias, por enquanto eu tô pensando em falar mais de games com uma abordagem mais pessoal, conteúdo interessante que eu encontro pela internet e de esportes, porém sempre que for conveniente irei adicionar algo mais.

Espero que goste do que eu tenho a apresentar aqui e agradeço sua visita.

Abraços,